4 de março de 2010

Uma história verídica, ou Não!

"Saiu do meio da confusão, com o seu andar inconfundível e com as mãos nos bolsos nas suas calças de marca. A camisola ás riscas verdes escuras, a minha preferida, e quando mais se aproximava, tudo á minha volta ia desfocando, só a imagem dele era nítida aos meus olhos. Sorria, nem sei bem porque, mas chegou ao meu lado pegou-me na mão e com um gesto brusco e decidido levou-me com ele. Meia atordoada, perguntava-lhe o que se passava, contudo, nunca obtive resposta. Foi sempre em silêncio o caminho todo, senti-me incomodada. Senti vontade de fazer tamanha força com o braço, desprender-me da mão forte dele, pensei em dizer-lhe "Tás parvo, além de me estares a magoar, não tens o direito de me levar contigo desta maneira. Larga-me, deixa-me voltar para trás". Queria fugir, queria correr para o sitio de onde ele me tinha tirado. Porém, eu tinha esperanças que aquele momento me fosse mudar a vida. Passei-me completamente, tirei-lhe mão do meu braço, e finalmente disse-lhe:
- De uma vez por todas diz-me o que queres de mim? Já não bastou estes meses de sofrimento, como ainda me amarras, me levas contigo, e nem uma merda de uma palavra de uma justificação me dás? És o que? Só me estas a fazer acreditar que és um farçolas que foge das realidades, que tem medo. Mereço uma explicação não achas?
O meu coração acelerou, parecia que me queria saltar do peito. O silêncio, o silêncio ficou cada vez mais sufocante, e eu serrava os dentes de raiva, com uma tamanha força para que não me escorresse da cara um ponta de água. Ele fixou nos meus olhos. Não aguentei, tentei andar. No entanto, ele puxou-me. Puxou-me com tanta intensidade que só me vi parar nos braços dele.
Não queria acreditar no que me estava acontecer, passou-me tudo pela cabeça. Todos aqueles momentos que tinha considerado uma vitória no passado, as chamadas, as tardes de futebol, as noites, os intervalos. O riso dele, a voz, as piadas, os olhares...tudo mesmo!
Ele continuava a olhar-me nos olhos, até que me beijou!
- MEU DEUS, O QUE SE ESTA A PASSAR? - Pensei eu meia assustada, meia feliz, meia confusa.
Correu-me um frio pela espinha, as minhas pernas tremiam, e pela minha face escorria a famosa lágrima.
No fim, acrescentou-me: Percebeste? Eu gosto de ti!"


Sara Mota

[O amor é fudido !]



1 comentário:

  1. AI QUE LINDA **

    oh sarinha não é veridico tens razao, mas a mim pareceume uma metafora a 1º parte...

    Quers que ele te largue mas ele não larga e tu la no fundo queres que ele te continue a amarrar


    mas sim ta bonito, tas poetica **

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